A Ciência da Felicidade

Uma entrevista com a especialista em The Happiness Office, Sandra Teschner. Por Daniela Gama Ao menos uma vez na vida, todo ser humano já deve ter se perguntado: o que é felicidade? E mais ainda: Será que eu sou mesmo feliz? Apesar de tantos estudiosos falarem a respeito da felicidade ao longo dos séculos, não havia dado a algo tão importante uma conotação e embasamentos científicos, até pouco tempo atrás. O fato é que agora, depois de tantos estudos em universidades renomadas do mundo, descobriu-se que sim – a felicidade é uma ciência! E quem vai contar pra gente, em detalhes, é a nossa querida Sandra Teschner, especialista em Felicidade pela Universidade da Flórida, San, como eu costumo chamar, é Escritora, Publisher, Comunicadora, Palestrante e muito mais. O nosso bate papo sobre felicidade foi uma delícia, que compartilho aqui com vocês. DG – Eu te conheço há alguns anos e sei que são muitas as suas qualificações e os adjetivos que podemos empregar para fazermos referência à você, mas conta para os nossos leitores: Quem é Sandra Teschner? ST – Tem uma frase que eu gosto muito, que é assim: “Eu respondo facilmente ao meu ponto G: ser Grata, Generosa e Gentil”. Acima de tudo eu sou alguém feliz, intencionalmente feliz, que fez dessa construção de felicidade própria e de ensinar aos outros e de propagar a felicidade passível de ser aprendida, e fiz disso minha missão de vida. Então, enquanto eu acreditei em algum momento da minha vida, que eu nasci para ser comunicadora, nasci pra ser isso, nasci pra ser aquilo, na verdade eu buscava caminhos de agir pelas razões certas. De trazer a ciência do bem estar subjetivo para o dia a dia, aquele que faz com que a gente, digamos assim, tenha uma musculatura emocional robusta pra segurar os trancos da vida e também pra potencializar aqueles momentos muito felizes, que de tão felizes a gente sente vontade de congelar. DG – Acredito que grande parte das pessoas não saibam que a Felicidade é uma ciência. Como você se tornou Especialista em Felicidade? Todos nós temos essa busca de sermos felizes, mas a minha experiência “quase morte” foi um acelerador desse processo todo. Nos últimos vinte anos entendeu-se o seguinte: se a gente pode estudar o aspecto patológico da mente humana, a gente pode estudar os aspectos positivos, saudáveis. Então, nada mais é do que a gente entender em que condições, o que eu preciso fazer, quais ferramentas para, por um lado potencializar o bem estar subjetivo, e por outro provocar emoções positivas, provocar intencionalmente dando corpo ao que nos faz bem, e por outro calibrando essa mesma musculatura, como eu sempre digo, pra que a gente seja de fato mais resiliente. E se utilize dos desafios que vivemos na vida, inclusive para que a gente possa prosperar. Então, é ciência. Cem por cento baseada em ciência em Harvard, Stanford, e outras das principais Universidades do mundo. Eu estudei Neuropsicologia, Psicologia Positiva e fiz o curso de The Happines Office, na Universidade da Flórida e hoje eu dou curso para formar novos Felicitadores, Happiness Menagers, capazes de empreender ou de aplicar esses conhecimentos criando programas de felicidade organizacional nas empresas ou em seu próprio negócio. DG – Qual a reação dessas pessoas quando você fala sobre essa ciência? ST – Muitas empresas, organizações, já ouviram falar e até praticam ou já tem alguém de Ciência da Felicidade. Óbvio que se trata de empresas maiores. De maneira geral as pessoas não conhecem, mas tem uma percepção positiva de que é algo necessário. Por outro lado, elas também imaginam que quando a gente fala de felicidade a gente fala de ansiedade, depressão…eu costumo dizer que não sou especialista em Burnout, sou em Esperança. Em depressão? Não, em otimismo. Porque na verdade, a ciência da Felicidade, nada mais é do que a Neurociência, a Psicologia Positiva, a Neuropsicologia, as Ciências Sociais e principalmente através da Psicologia Positiva mesmo. DG – Nós nos conhecemos através do nosso objetivo em comum (eu, enquanto fotógrafa) em dar maior visibilidade e trabalhar a autoestima de pessoas com deficiência através do potencial delas mesmas. Como você começou com esse feito especial de ser “dinda” de tantas meninas com deficiência e crianças com câncer? ST – Eu sempre busquei fazer um trabalho social, isso sempre foi muito forte e presente em minha vida. A minha relação com as minhas afilhadas – pessoas com múltiplas amputações, doenças raras e gravíssimas – nasceu do desejo muito grande de dar vez e voz a essas pessoinhas que tem uma realidade palpável e tangível, dura, e que estão dispostas a fazerem o melhor da vida e que estão dispostas a aprenderem a lidar com as dificuldades. Durante toda a minha carreira, independente dos papéis que eu estivesse vivendo, eu me propunha a dar voz à diversidade, dar voz à pauta do “diferente” de uma maneira muito orgânica, buscando mostrar a representatividade. Isso sempre foi algo que tinha uma importância muito grande pra mim. E isso está diretamente relacionado a esse espectro de ciência da Felicidade, porque não há como ser feliz não fazendo outros felizes. Uma das receitas da felicidade é exatamente a pauta “como eu lido com o outro”. A ciência comprova que quando em me coloco a serviço do outro eu estou sendo, em suma, o mais feliz que eu posso ser. Isso tudo pode ser comprovado por exames que vão de ressonância magnética a exames hormonais. E não se trata de uma sensação momentânea, é uma felicidade duradoura. Na nossa relação (eu sendo dona de editora e sempre tendo publicado muito e você com a fotografia), esse propósito em comum de dar representatividade sempre foi um dos tantos caminhos. Falo sempre que as meninas precisam de próteses, mas elas precisam ter também uma musculatura emocional bem forte porque os desafios não finalizam. Existe um desafio comportamental em tudo isso. DG – Nos últimos dez anos você sentiu haver uma maior visibilidade e maiores oportunidades para

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